segunda-feira, 7 de junho de 2010

Uma volta pela ilha sul... e não pelo sul da ilha, Zé!

Pois é... foram 7 dias, com um roteiro que procurou pegar o filé da ilha sul (e me perdoem a expressão carnívora - sou um vegetariano que gosta de alguns tipos de filés). O tempo não ajudou muito, mas também não tirou um outro brilho das paisagens que com o sol não se vê...

Wellington foi a primeira parada. É a capital da Nova Zelândia, conhecida pela chuva e vento frio. Difícil dizer o que eu achei da cidade, mas no Youth Hostel tinha uma lista de 100 coisas para se fazer na cidade quando chovia. Pois é. E choveu. E choveu. Aliás, recomendo este hostel. A diversão foi no museu ao lado: Te Papa. Enorme, e que merece mesmo a visita. São 5 andares de muita coisa (pulei o último por geralmente me faltar paciência para arte contemporânea). Cultura maori, biologia, educação ambiental... e tudo "de grátis"! No mais, chuva....

Wellington está no extremo sul da ilha norte. Para chegar na ilha sul é preciso pegar um Ferry desta cidade, até Picton. São 3 horas de viagem, cruzando o Estreito de Cook, que separa o Oceano Pacífico do mar da Tasmânia. O tempo deu sua outra graça, e uma janela de sol acompanhou o barco. Alucinante. Algumas fotos aí embaixo pra dar uma pequena ideia das paisagens:



Em Picton, nada de mais... uma cidade com vocação pesqueira, e basicamente de passagem. De lá, um trem super panorâmico para Christchurch, com direito a 6 horas de viagem pela costa. O tempo fechou novamente... mas rendeu boas paisagens. Não parece ter tempo feio aqui nesta terra. Ou melhor,  nada que comprometa muito as paisagens. E sempre digo que a chuva tem seu charme (por isso me recuso a chamar o tempo fechado de "feio"). Nesse trem, a combinação de umas cervejas com o último vagão todo aberto é ótima. Pra quê né?!

 

Christchurch é chamada de "cidade jardim". De fato, não tem muito mais coisa ali. Jardins e jardins. Mas no hostel não tinha "100 coisas para se fazer na cidade com chuva". Com tanta chuva, o jardim virou museu. E o caminho para o museu foi num bondinho "fofys" que circula pela cidade. Até o motorista é retrô. Um brinco. Com muita chuva, pode-se passar o dia inteiro no bondinho dando voltas pela cidade. Sendo o trajeto de 10 minutos, depois da 4a volta isso fica meio monótono... E a dica pra quem enfrentar essa situação de chuva nesta cidade: roupa de chuva (venta muito para guarda-chuvas). Um ótimo investimento. Parques botânicos em dias de chuva tem seu charme - eu sei que posso estar forçando a barra, mas eles ficam vazios de seres humanos, e os pássaros parecem cantar mais...

De ônibus, o próximo destino era Queenstown, há 9 horas. Geralmente se faz em 8, mas o tempo (ah, o tempo)... o tempo propiciou a primeira neve do ano na Nova Zelândia!!! Isso num trecho da viagem, cuja altura era de cerca de 700 metros. Muita neve. E muita roupa (com a roupa de chuva por cima!). E a neve é charmosa. Ah é...



Queenstown é um brinco. Pequena. Aliás, minúscula. Mas intensa e aconchegante. Mas um alerta pra quem vai fazer aventuras: tudo custa os olhos da cara. Um pulinho de bungy mais barato sai por mais de R$200. E daí pra cima... A aventura foi subir a gôndola e curtir a neve no único lugar que ela caia com vontade na cidade (a foto do meio ali embaixo). E ela caia só ali em cima... e na cidade, embaixo, chuva... e chuva... E charme demais enche o saco, "néam"? Ah, e a terceira foto aqui é a vista do quarto do hostel... hm!



E os últimos dois dias foram azuis azuis. O sol saiu com vontade, e deu uma luz intensa ao caminho para Milford Sound. São 300km de Queenstown, cruzando paisagens indescritíveis, e incontáveis lagos e montanhas... Agora olha as diferenças nas fotos:



É. O sol tem outro charme. Milford Sound é uma cidadezinha (se é que se pode chamar assim) fica no litoral oeste, banhada pelo mar da Tasmânia. O sul inteiro da ilha sul é formada por fiordes, penetrados por este mar. É algo de tirar o fôlego. São como falésias de quase 2 mil metros de altura, em ângulos de quase 90 graus, com pedras nuas que mergulham violentamente nas baías que o mar forma neste litoral. Milford fica em uma destas baías. Estes fiordes são resultado da ação de geleiras imensas do período glacial, que sumiram e deixaram estes recortes brutos e imensos. Tudo ali é maiúsculo. A última foto é a "mitra do bispo", com quase 1,7 mil metros de altura, e mais 300 pra baixo da água.


E o retorno, do azul para Auckland... charmosa... :-/

Ps.: Dudu... a bicicleta não rolou. Super me empolguei, mas o azul não chegou a tempo de me programar para aquele passeio. Mas valeu a dica. Rendeu suspiros! :)

2 comentários:

  1. Nossa rendeu suspiros só por ver as fotos, imagina isso tudo ao vivo.

    morri...

    bjos

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  2. Nova Zelandia e realmente incrível. Nao pude deixar de comentar. Blog muito muito legal, conheci a terra dos kiwis em 2004 e bateu uma saudade muito grande.

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